domingo, 9 de março de 2014

Inspiração #ProjetoPerceu 03

               Meu computador ligado - ou muitas das vezes meu Smartphone aberto em um bloco de notas enquanto trabalho - uma boa xícara de chá e um lugar tranquilo para se processar as ideias. Mas o principal: Uma vida cheia de sentimentos e momentos.
         Escutei, ou mesmo li de diversos autores, que o processo de criação se torna algo rigoroso e na maioria das vezes torturante pelo simples fato de estarem se doando de uma forma total e dolorosa.                    Posso concordar com o fato de que escrever seja um eterno ir e vir em fatos guardados na memória. A maiorias dos escritores usam suas experiências vividas em alguma época de sua vida como fonte para enredos e tramas complicadas. Quer ter um enredo recheado de viravoltas? Comece a olhar a vida das outras pessoas, ou mesmo a sua.
               Quando se decide escrever algo é primordial que se saiba o que vai ser escrito. Um romance, uma história de terror, um suspense, uma carta de amor, crônicas, artigos científicos, etc. Mas não é somente abrir o velho word e começar a digitar freneticamente. Tem-se que ter base no que vai ser escrito e prática. Como vou escrever sobre os lobisomens que crescem no lado oeste do Bromelina se não tenho lido histórias sobre isso ou nem tenha feito pesquisas a respeito do seu comportamento? Escrever requer pesquisa e prática no assunto.
              Quando eu era jovem lia diversos livros sobre a cultura brasileira, na maioria das vezes como uma atividade extracurricular da escola, mas sempre como diversão. Mas a cultura brasileira nunca foi minha praia e tive que fugir do meu regionalismo e entrar de cara na literatura internacional. Fantasia e romances policiais sempre me fascinaram, mas ainda não me sinto um Tolkien ou Martin para me aventurar nessa área, apesar de ter vários rascunhos de histórias de fantasia sobre mundos criados que me servirão em algum momento. Romances policiais sempre me fascinaram pelo motivo de serem tão realísticos e crus, o que tornavam para mim uma forma de ver o mundo de outras formas.
              Pistas deixadas em cenas de crimes, os sentimentos dos personagens se misturando ao caos em descobrir uma resposta para assassinos em série.
              A casa da colina, Stieg Larson e outras obras são grandes exemplos de obras que me fizeram refletir em criar uma história que me pertencesse. O meu conto além de mostrar uma Londres que ninguém conhece e seus personagens cheios de segredos e cumplicidades, mostra um Eu que ninguém conheceu de fato. Na minha opinião escrever algo requer dar um pulo em algumas lembranças dolorosas, momentos de alegria em êxtase e usar como base para que seus personagens expressem aquilo que muitas vezes você não quis mostrar.
             Escrever é e relatar sua alma. 
             O principal é que você tem que escrever. Escreva quando quando se precisa. Escreva dia e noite, escreva para se sentir livre, não importa onde nem quando. Apenas escreva. Escrever está no processo de se criar inspiração. 

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